Bem, comecei essa história e talvez depois termine, se não me faltar tempo e criatividade. Caso termine, postarei aqui...
Acordei com os raios de sol infiltrando-se levemente pela fresta da janela. “Que porra de calor infernal!” Tentei levantar-me devagar, mas a náusea devida aquele cheiro insuportável de fumaça embriagava-me e não resisti, voltei a descansar minha cabeça no travesseiro, derrotado.
Passado alguns minutos que pareceram horas e em meio à penumbra do meu quarto, peguei o jornal do dia anterior em mãos e passei a vista pelas manchetes relatando inúmeras catástrofes que assolavam o ano de 2089. Nada fora do comum, por mais triste que fosse, acabei me acostumando em viver ás sombras de um mundo que reflete nada mais do que a conseqüência que o próprio homem causou em um passado não tão distante.
Ouvi a voz de minha mãe, ou o que restara dela após perder dois filhos por problemas respiratórios causados pela poluição do ar, me chamar.
- Julián, o café está na mesa.
Dirigi-me em silêncio a cozinha e mastiguei o pão amanhecido com displicência enquanto observava as marcas da idade e do sofrimento em minha progenitora.
- Eu amo você, mãe – disse em súbito.
A velha olhou-me atônita e tascou-me um beijo na bochecha.
- Está atrasado para o trabalho, mocinho.
Por mais antigo que fosse, mamãe sempre me trataria como uma criança, assim como todas as mães do mundo. Um costume que o tempo não apaga.
Peguei meu guarda-chuva, já que nunca sabia o que as mudanças climáticas iriam aprontar, e parti para mais um dia de trabalho medíocre.
domingo, 4 de janeiro de 2009
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2 comentários:
very cool,muito bom o assunto abordado e mais maneiro ainda o jeito q vc abordo ele,tá de parabens gaby, vo ta sempre perto pra acompanhar mais a tua lucidez q poucos hj em dia tem =D
espero o termino.
beijos :*
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